Por que Timóteo?
Um rapaz ainda imberbe,
com medo da própria sombra... Não é essa a idéia que você faz de Timóteo?
Um espírito indomável que
não tinha consideração por pessoa ou coisa alguma que o retardasse no seu afã
de levar o evangelho ao mundo... Não é assim que você descreveria Paulo?
Mas como foi que esses
dois vieram a trabalhar juntos? Por muitos motivos parece que foi um grande
erro. Era uma daquelas alianças que não deveriam ter dado certo. No entanto,
foi o que aconteceu.
Ninguém se surpreenderia
se Timóteo, em várias fases da sua vida, conjeturasse: “O que é que estou
fazendo aqui?” ou “Tenho concordado mais do que devia”, ou ainda “Esta obra é
dez vezes maior do que a minha capacidade”.
É fácil entender por que
Deus escolheu Paulo, judeu instruído portador da cidadania romana, e oriundo de
uma cidade de projeção na cultura grega. Ele era o homem ideal para levar o
evangelho a Atenas e a Roma; o homem ideal para dar testemunho, tanto aos
judeus como aos gentios.
E Timóteo? Por que foi ele
escolhido? Provinha de uma pequena cidade das montanhas, talvez a menor, a mais
rústica e a mais atrasada de todas as comunidades visitadas por Paulo. Timóteo
não gozava de boa saúde nem tampouco impressionava as pessoas com a sua
autoridade. Se ele sofresse de complexo de inferioridade, teria boas razões
para isso. De certa feita, escrevendo aos coríntios, aqueles cidadãos rudes,
mas eficientes daquela cidade portuária, Paulo disse: “E, se Timóteo for, vede
que esteja sem receio entre vós, porque trabalha na obra do Senhor, como também
eu; ninguém, pois,o despreze” (I Coríntios 16:10-11). É difícil pensar em
Timóteo como um emissário adequado para o intrépido apóstolo Paulo.
Por que Timóteo? Foi mesmo
um erro escolher Timóteo? Será que o evangelho se teria expandido mais e com
maior rapidez durante o primeiro século se Paulo tivesse escolhido outra pessoa
em lugar daquele jovem de Listra?
Dificilmente. Deus sabia o
que estava fazendo. E sabe o que faz nos dias de hoje quando ele coloca você em
posições de oportunidade e responsabilidade que lhe pareçam acima das suas
forças. Talvez lhe pareça ter sido empurrado para fora do barco e obrigado a
vadear águas profundas. A missão é difícil demais para você.
Bem, se você já teve o
complexo de Timóteo, é bom que veja como esse jovem companheiro inseparável de
Paulo enfrentou uma obra maior do que a sua própria capacidade.
O
começo da história de Timóteo
Recuemos mais de 1900
anos, à metade do primeiro século. Foi aproximadamente no ano 47 da era cristã,
17 anos depois da morte, sepultamento, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo.
A igreja cristã tinha então 17 anos. Paulo deveria ter mais ou menos 45 anos, e
era cristão havia quatorze anos.
Paulo trabalhava na igreja
de Antioquia. Esta cidade progressista e em crescimento, localizada a 480 km ao
norte de Jerusalém, tinha se tornado a terceira maior metrópole do Império
Romano, com meio milhão de habitantes, um pouco menor do que Campinas, no
Estado de São Paulo, ou Manaus, capital do Amazonas.
Antioquia era, também, o
portão para o Oeste, e a igreja de Antioquia compunha-se de indivíduos vindos
de diferentes partes do Império Romano. Entre eles estava Paulo e Barnabé.
Paulo vinha de Tarso aproximadamente 160 km da direção noroeste, e Barnabé era
natural da ilha de Chipre, cerca de 160 km para o sudoeste.
A igreja de Antioquia,
levada pelo Espírito Santo a estender o Cristianismo para o Oeste, selecionou
Barnabé e Paulo como seus primeiros missionários. Barnabé, provavelmente com 55
anos, tinha sido um rico proprietário de terras em Chipre antes da sua
conversão. Paulo, 10 anos mais moço, tinha sido educado para tornar-se rabino.
Com estes dois seguiu João Marcos, que tinha mais ou menos 30 anos. Sendo
sobrinho de Barnabé, é provável que João Marcos conhecesse a ilha de Chipre.
A primeira etapa do trio
missionário foi Chipre. Então, depois de atravessar Chipre, o trio navegou na
direção norte para o lugar hoje chamado Turquia e deu uma rápida parada em
Perge, pequena cidade um pouco mais para o interior.
Foi aqui que João Marcos
desistiu. Ao invés de permanecer ao lado do tio Barnabé e Paulo, Marcos voltou
para Antioquia. Não se sabe exatamente porquê. Talvez nem Paulo tivesse
compreendido a razão da sua desistência, e a perda do seu auxiliar foi
obviamente uma pílula difícil de engolir. Se Marcos fosse adolescente,
poder-se-ia pensar que ele tivesse sentido saudades de casa ou tivesse
problemas de saúde. Mas, ele não era adolescente e por certo tinha mais saúde
do que Paulo. Pode ser que algo na Ásia Menor tivesse assustado o rapaz.
O grupo missionário
defrontou-se com o seguinte. A costa meridional da Turquia não tinha cidades
importantes e estava infestada de piratas. As planícies ao longo da costa
estavam infestadas de mosquitos, o que trazia um risco ainda maior do que os
piratas, pois eram agentes transmissores da malária. Sir William Ramsay, grande
autoridade no estudo da Bíblia no século 19, acha que o próprio Paulo contraiu
malária nas planícies próximas a Perge (Gálatas 4:13). Talvez seja esta a razão
de Paulo e Barnabé terem se aventurado apressadamente para o interior, para o
planalto, onde ficava Antioquia da Pisídia. Embora as montanhas não estivessem
infestadas de piratas ou de mosquitos, elas eram controladas por quadrilhas de
salteadores e o exército romano tinha dificuldade de subjugá-las. É possível
que Paulo tivesse em mente as Montanhas de Tauro quando em 2 Coríntios 11:26
falou em “perigos de salteadores”.
Não se sabe se João Marcos
temia a malária das planícies costeiras, ou os salteadores das montanhas, ou
ainda os rudes bárbaros interioranos. Talvez ele apenas achasse que a viagem
missionária deveria ter terminado em Chipre; sua tarefa não exigia que ele
fosse além.
No entanto, Barnabé e
Paulo continuaram a jornada. Venceram uma caminhada de 160 km até Antioquia da
Pisídia, uma cidade-chave na grande rota comercial do Oriente, que ia de Éfeso
até ao Eufrates. Uma importante comunidade cosmopolita com uma expressiva
população judaica, Antioquia abriu-se facilmente à mensagem do evangelho e aí
nasceu uma igreja. Mas forças opostas atuaram rapidamente e Paulo e Barnabé
tiveram de ir embora.
A parada seguinte foi
Icônio, cerca de 130 km para o sudeste. F. F. Bruce em um de seus livros
denomina a experiência de Paulo e Barnabé em Icônio “quase uma reprodução exata
da experiência de Antioquia de Pisídia”. Houve um tumulto, e os dois
missionários por pouco não foram apedrejados. Fugiram apressadamente,
dirigindo-se para uma pequena cidade na província de Licaônia, cerca de 10 km
de Icônio, chamada Listra, onde vivia o adolescente Timóteo.
É provável que Listra não
estivesse nos planos estratégicos de Paulo. Não era uma cidade grande, nem
exercia influência na região. Além disso, a população era pequena e a maioria
dos seus habitantes falava um dialeto regional, não o grego. Listra estava
longe das estradas principais, o que a tornava uma cidade provinciana, um
lugarejo sem importância alguma.
Desapontado pela
desistência do seu discípulo João Marcos, afligido pela malária ou outra
doença, expulso de Antioquia da Pisidia, e quase que apedrejado em Icônio,
Paulo atravessou o portão da solitária cidade montanhosa de Listra.
Deus espera que façamos
planos, como Paulo e Barnabé fizeram. Não é errado ter uma estratégia, um plano
de ação. Mas a evidência de um cristão amadurecido está na atitude que ele toma
quando o seu plano desmorona.
Diante dos acontecimentos,
ninguém censuraria a Paulo e a Barnabé se tivessem dito: “Isso é o bastante
para uma viagem missionária. Descansemos aqui durante alguns dias e voltemos
depois para a nossa cidade.” Mas Paulo e Barnabé sabiam que Deus desejava que
eles fizessem algo mais; ele tinha um propósito na permanência deles naquele
longínquo lugar, cidade esquecida do interior denominada Listra.
Foi assim que Paulo chegou
a Listra. A entrada de Timóteo neste cenário é outra história.
A família de Timóteo
A mãe de
Timóteo chamava-se Eunice e a sua avó Lóide. Não se sabe o nome do pai; sabe-se
apenas que era grego.
Pode bem
ser que os ancestrais judeus de Eunice já estivessem vivendo naquele lugar por
mais de 250 anos. Foi naquela época aproximadamente que Antíoco encorajou
milhares de judeus a emigrarem de Babilônia para a Ásia Menor. Estes receberam
o status de cidadãos altamente favorecidos e logo se tornaram líderes no
comércio e nas finanças de toda a região. Esta é a razão por que Paulo e
Barnabé acharam tanto judeus na maioria das cidades interioranas da área.
Mais ou
menos no ano 6 a.C. o imperador romano Augusto, perturbado com a índole
indisciplinada dos nativos da Licaônia, declarou a cidade fronteiriça de Listra
colônia romana e trouxe tropas romanas e mercadores gregos para tentarem
civilizar a região. Possivelmente o pai de Timóteo, que era grego tivesse vindo
nessa época.
Como
resultado, a população de Listra era diversificada, incluindo oficiais e
soldados romanos, embora o interesse de Roma pela cidade fosse decrescendo. Os
gregos ou helênicos ali residentes eram as pessoas mais notáveis e importantes.
A população judaica era pequena. Apenas 10 famílias judias faziam-se necessárias
para se estabelecer uma sinagoga; entretanto, ao contrário da cidade vizinha de
Icônio, não havia sinagoga em Listra.
O grosso
da população, porém, constituía-se do elemento nativo licaônico: emotivo,
competitivo e supersticioso. A maioria dos habitantes falava grego em público,
mas nos seus próprios lares usavam o dialeto nativo.
Timóteo
veio de um lar dividido tanto na religião quanto na nacionalidade. Não
surpreende o fato de sua mãe ter se casado com um grego. Quanto mais longe de
Jerusalém, menos rígidos eram os judeus em seguir a proibição dos casamentos
mistos.
Na
cultura grega da época, não parecia haver muita moralidade. Aqueles que estavam
apavorados diante da tendência cultural da época admiravam os padrões dos
judeus. Como resultado, alguns gregos tornaram-se prosélitos da religião
judaica e um número ainda maior, que não queria ir tão longe, tornou-se
admirador secreto do Judaísmo.
Não se
sabe a posição do pai de Timóteo. Certamente ele não impediu que a esposa
instruísse o filho nas escrituras (2 Timóteo 3:14-15). Tampouco interferiu na
escolha do nome Timóteo para o filho, nome que significa “honrar a Deus” ou
“amado por Deus”. O nome é grego, e isto deve ter satisfeito o pai; o
significado do nome deve ter alegrado a mãe.
O pai,
porém, não permitiu que Timóteo fosse circuncidado (Atos 16:1-3), portanto é
óbvio não ser prosélito ou mesmo admirador secreto da religião da esposa.
Talvez, como muitos do mundo grego da época, não quisesse nem saber de
religião. William Barclay diz: “no caso dos gregos, não foram os homens que se
tornaram tão depravados a ponto de abandonarem os seus deuses, mas os deuses é
que se tornaram tão depravados que os homens o abandonaram”.
O pai de
Timóteo não devia estar entre a multidão que acolheu Paulo e Barnabé em Listra
como se estes fossem deuses vindo do Monte Olimpo. Ele teria, provavelmente,
preferido receber os instruídos judeus em sua casa, da mesma maneira que os
atenienses acolheram Paulo na Colina de Marte. E, no final da noite, ele
despediria Paulo e Barnabé com as seguintes palavras: “qualquer dia falaremos
novamente sobre esse assunto.”
(Já que
as Escrituras não registram outras informações sobre o pai de Timóteo, é também
possível que ele tivesse falecido um pouco antes, deixando o garoto
adolescente, sua mãe e avó defendendo-se sozinhos na cidade pagã de Listra.)
Treinamento de Timóteo
A
educação de Timóteo foi notável. Paulo elogiou a educação que Timóteo recebeu
(2 Timóteo 1:5; 3:14-15); mas para ser franco, comparada com o preparo de alto
gabarito desfrutado por Paulo, a educação de Timóteo era de segunda classe.
Paulo era filho de pais hebreus e não há dúvida de que foi aluno de uma
conceituada sinagoga na universidade de Tarso, antes de ir até Jerusalém já
adolescente para sentar-se aos pés de Gamaliel, o melhor professor judeu da
época.
Timóteo,
por sua vez, veio de um lar dividido, morava numa comunidade campestre sem
sinagoga, e talvez nunca se tivesse distanciado de casa mais do que uns 50 km,
mesmo assim, Paulo elogiou a educação que Timóteo recebeu.
Por quê?
Porque os judeus reconheciam que o verdadeiro centro de educação não era a
sinagoga, mas sim o lar. “Nenhuma outra religião”, escreveu Isidore Epstein,
“dá maior ênfase à obrigação que os pais têm de instruir os filhos do que o
judaísmo”.
É certo
que as sinagogas ajudavam os pais na sua tarefa de bem educar. Entretanto,
houvesse ou não uma sinagoga na cidade, eram os pais os responsáveis pela
educação e instrução dos filhos.
Além
disso, a responsabilidade era tanto da esposa quanto do marido. No Antigo
Testamento encontramos freqüentes alusões aos pais e às mães. No começo do
Livro de Provérbios, por exemplo, Salomão escreveu: “Filho meu, ouve o ensino
do teu pai, e não deixes a instrução de tua mãe” (1:8). E o último capítulo do
livro (capítulo 31) é composto de conselhos práticos de uma mãe para o seu
filho, o Rei Lemuel.
No
começo do Evangelho de Lucas, Maria mãe de Jesus, profere palavras de louvor
(Lucas 1:28, 36-56). E quase todo o trecho refere-se a passagens do Antigo Testamento.
Torna-se claro que ela não apenas conhecia as Escrituras muito bem, como estava
preparada para transmití-la aos filhos.
Isso não
acontecia na comunidade grega onde, diz Barclay: “a mãe ateniense estava
despreparada para ser de alguma valia aos filhos no que se referisse à
educação”. Ela própria não tinha instrução. Talvez fosse este o motivo pelo
qual Paulo teve de limitar o papel das mulheres nas igrejas gregas.
Os
judeus eram conhecidos como o “povo do Livro”, as Escrituras. Nem todos
possuíam um exemplar das Escrituras Sagradas em casa, mas todos tinham a
Palavra de Deus no coração.
O centro
da educação judaica era a Palavra de Deus; o único livro de texto era as
Escrituras. A partir dos três ou quatro anos de idade, as crianças judias eram
educadas no Antigo Testamento, e naquela época educação significava
memorização. As crianças decoravam, repetindo em voz alta o que lhes dizia o
professor, até que conseguissem repetir passagens inteiras.
Quando
as crianças aprendiam a ler (e o índice de alfabetização entre as crianças
hebraicas era extremamente elevado), usavam as Escrituras como livro de texto.
O estudo
não era o processo silencioso das escolas atuais. Um velho provérbio judeu
admoestava os estudantes: “Estude não somente com os olhos, mas também com os
olhos e a boca.” Quando os jovens judeus estudavam, tinham de repetir em voz
alta os trechos da escrituras que estivessem lendo.
Em
Listra, Timóteo talvez jamais tenha visto um rolo das Escrituras, mas a sua mãe
Eunice era um “rolo” que andava e falava, um rolo vivo das Escrituras. Anos
mais tarde, quando Paulo escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, ele lembrou-lhe
que deveria apegar-se às Escrituras, pois o jovem sabia muito bem de quem as
tinha aprendido (2 Timoteo 3:14). Esta é a dimensão adicional da educação dada
pelos pais. Eunice não somente ministrou as Escrituras ao filho, como viveu
perante ele as verdades ali ensinadas. Anos mais tarde, Paulo admoestou Timóteo
a lembrar-se não somente daquilo que aprendera, mas também do exemplo reverente
de quem o ensinara.
Nos dias
atuais o papel do pai recebe ênfase nos círculos evangélicos, aliás muito
corretamente; mas, como Eunice, muitas mães precisam assumir a responsabilidade
do treinamento espiritual dos filhos. Talvez o pai não seja cristão ou a mãe
tenha de educar os filhos sozinha.
Em um
ambiente adverso, é possível educar uma criança no temor do Senhor?
Bem,
Eunice conseguiu. A confraternização com o povo de Deus era insuficiente;
rodeava-os a comunidade pagã. A indiferença espiritual do pai deve ter colocado
um pesado fardo sobre os ombros de Eunice, mas Deus a sustentou.
Quando o
livro dos Atos menciona o nome de Timóteo pela primeira vez (capítulo 16) ele
devia estar nos seus últimos anos de adolescência. Provavelmente não houve “bar
mitzvah”* para Timóteo em Listra, quando nos seus treze ou quatorze anos
tornou-se homem. Eunice deve ter-se preocupado com isso. Talvez ela achasse
haver protegido demasiadamente o filho contras as influências pagãs de Listra.
Pais que educam os filhos sozinhos têm frequentemente esses receios. Sem um pai
judeu, talvez ele se tivesse tornado um “filhinho da mamãe”. É possível que
Eunice tenha sentido a necessidade do exemplo de uma forte figura masculina na
vida do filho. Talvez a de um rabino que lhe mostrasse que viver para Jeová não
era ser “maricas”, ou “efeminado”.
Paulo e Barnabé
Então os
dois visitantes entraram pelos portões da cidade. Justamente do lado de fora
dos portões estava o templo de Júpiter, o orgulho de Listra, a sua
reivindicação à fama, no que se referia a população nativa da cidade. Todos os
que se aproximavam de Listra não podiam deixar de vê-lo.
De
conformidade com uma velha lenda, os deuses Júpiter e Mercúrio visitaram certa
vez aquela região e ninguém os reconheceu. Não lhe deram nem um lugar para
hospedagens. Ninguém, isto é, exceto dois camponeses, Filemon e sua esposa
Baucis. O idoso casal recebeu-os com grande bondade
Segundo
a lenda, o resultado foi que toda a população com exceção de Filemon e Baucis,
foi exterminada, e Filemon e Baucis foram feitos guardiões de um suntuoso
templo. Quando esse idoso casal morreu, foram transformados em duas grandes
árvores.
Naturalmente,
o povo supersticioso daquela cidade não queria que tal coisa acontecesse
novamente. O templo dedicado a Júpiter do lado de fora dos portões demonstrava
que os deuses eram bem-vindos a Listra. Certamente havia duas árvores plantadas
ali, simbolizando Filemon e Baucis.
Os
gregos que lá moravam, como o pai de Timóteo, provavelmente não davam valor a
esta antiga lenda. Mas a população nativa não se arriscava a ignorá-la.
Foi
então que os dois visitantes chegaram à cidade.
É claro
que Paulo e Barnabé nem por sombra pensaram em Júpiter ou Mercúrio quando se
aproximaram de Listra. Fugiam de Icônio onde tinham sido quase apedrejados.
Listra era uma colônia romana e, para Paulo e Barnabé, isso significava lei e
ordem.
Além
disso, era outra cidade onde poderiam comunicar as boas-novas de que Deus tinha
visitado este planeta e trazido a salvação por intermédio de Jesus Cristo.
*É nesta idade que os meninos judeus
tornam-se homens com a cerimônia do bar mitzvah.
MUITO BOM PODER ENCONTRAR ESTE LIVRO AQUI.
ResponderExcluirGOSTARIA DE SABER SE VOCE TEM OS CAPITULOS QUE FALTAM, POIS SERIA MUITO BOM.