quarta-feira, 29 de junho de 2016

Cap. I - Por que Timóteo?

Por que Timóteo?

Um rapaz ainda imberbe, com medo da própria sombra... Não é essa a idéia que você faz de Timóteo?
Um espírito indomável que não tinha consideração por pessoa ou coisa alguma que o retardasse no seu afã de levar o evangelho ao mundo... Não é assim que você descreveria Paulo?
Mas como foi que esses dois vieram a trabalhar juntos? Por muitos motivos parece que foi um grande erro. Era uma daquelas alianças que não deveriam ter dado certo. No entanto, foi o que aconteceu.
Ninguém se surpreenderia se Timóteo, em várias fases da sua vida, conjeturasse: “O que é que estou fazendo aqui?” ou “Tenho concordado mais do que devia”, ou ainda “Esta obra é dez vezes maior do que a minha capacidade”.
É fácil entender por que Deus escolheu Paulo, judeu instruído portador da cidadania romana, e oriundo de uma cidade de projeção na cultura grega. Ele era o homem ideal para levar o evangelho a Atenas e a Roma; o homem ideal para dar testemunho, tanto aos judeus como aos gentios.
E Timóteo? Por que foi ele escolhido? Provinha de uma pequena cidade das montanhas, talvez a menor, a mais rústica e a mais atrasada de todas as comunidades visitadas por Paulo. Timóteo não gozava de boa saúde nem tampouco impressionava as pessoas com a sua autoridade. Se ele sofresse de complexo de inferioridade, teria boas razões para isso. De certa feita, escrevendo aos coríntios, aqueles cidadãos rudes, mas eficientes daquela cidade portuária, Paulo disse: “E, se Timóteo for, vede que esteja sem receio entre vós, porque trabalha na obra do Senhor, como também eu; ninguém, pois,o despreze” (I Coríntios 16:10-11). É difícil pensar em Timóteo como um emissário adequado para o intrépido apóstolo Paulo.
Por que Timóteo? Foi mesmo um erro escolher Timóteo? Será que o evangelho se teria expandido mais e com maior rapidez durante o primeiro século se Paulo tivesse escolhido outra pessoa em lugar daquele jovem de Listra?
Dificilmente. Deus sabia o que estava fazendo. E sabe o que faz nos dias de hoje quando ele coloca você em posições de oportunidade e responsabilidade que lhe pareçam acima das suas forças. Talvez lhe pareça ter sido empurrado para fora do barco e obrigado a vadear águas profundas. A missão é difícil demais para você.
Bem, se você já teve o complexo de Timóteo, é bom que veja como esse jovem companheiro inseparável de Paulo enfrentou uma obra maior do que a sua própria capacidade.
O começo da história de Timóteo
Recuemos mais de 1900 anos, à metade do primeiro século. Foi aproximadamente no ano 47 da era cristã, 17 anos depois da morte, sepultamento, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. A igreja cristã tinha então 17 anos. Paulo deveria ter mais ou menos 45 anos, e era cristão havia quatorze anos.
Paulo trabalhava na igreja de Antioquia. Esta cidade progressista e em crescimento, localizada a 480 km ao norte de Jerusalém, tinha se tornado a terceira maior metrópole do Império Romano, com meio milhão de habitantes, um pouco menor do que Campinas, no Estado de São Paulo, ou Manaus, capital do Amazonas.
Antioquia era, também, o portão para o Oeste, e a igreja de Antioquia compunha-se de indivíduos vindos de diferentes partes do Império Romano. Entre eles estava Paulo e Barnabé. Paulo vinha de Tarso aproximadamente 160 km da direção noroeste, e Barnabé era natural da ilha de Chipre, cerca de 160 km para o sudoeste.
A igreja de Antioquia, levada pelo Espírito Santo a estender o Cristianismo para o Oeste, selecionou Barnabé e Paulo como seus primeiros missionários. Barnabé, provavelmente com 55 anos, tinha sido um rico proprietário de terras em Chipre antes da sua conversão. Paulo, 10 anos mais moço, tinha sido educado para tornar-se rabino. Com estes dois seguiu João Marcos, que tinha mais ou menos 30 anos. Sendo sobrinho de Barnabé, é provável que João Marcos conhecesse a ilha de Chipre.
A primeira etapa do trio missionário foi Chipre. Então, depois de atravessar Chipre, o trio navegou na direção norte para o lugar hoje chamado Turquia e deu uma rápida parada em Perge, pequena cidade um pouco mais para o interior.
Foi aqui que João Marcos desistiu. Ao invés de permanecer ao lado do tio Barnabé e Paulo, Marcos voltou para Antioquia. Não se sabe exatamente porquê. Talvez nem Paulo tivesse compreendido a razão da sua desistência, e a perda do seu auxiliar foi obviamente uma pílula difícil de engolir. Se Marcos fosse adolescente, poder-se-ia pensar que ele tivesse sentido saudades de casa ou tivesse problemas de saúde. Mas, ele não era adolescente e por certo tinha mais saúde do que Paulo. Pode ser que algo na Ásia Menor tivesse assustado o rapaz.
O grupo missionário defrontou-se com o seguinte. A costa meridional da Turquia não tinha cidades importantes e estava infestada de piratas. As planícies ao longo da costa estavam infestadas de mosquitos, o que trazia um risco ainda maior do que os piratas, pois eram agentes transmissores da malária. Sir William Ramsay, grande autoridade no estudo da Bíblia no século 19, acha que o próprio Paulo contraiu malária nas planícies próximas a Perge (Gálatas 4:13). Talvez seja esta a razão de Paulo e Barnabé terem se aventurado apressadamente para o interior, para o planalto, onde ficava Antioquia da Pisídia. Embora as montanhas não estivessem infestadas de piratas ou de mosquitos, elas eram controladas por quadrilhas de salteadores e o exército romano tinha dificuldade de subjugá-las. É possível que Paulo tivesse em mente as Montanhas de Tauro quando em 2 Coríntios 11:26 falou em “perigos de salteadores”.
Não se sabe se João Marcos temia a malária das planícies costeiras, ou os salteadores das montanhas, ou ainda os rudes bárbaros interioranos. Talvez ele apenas achasse que a viagem missionária deveria ter terminado em Chipre; sua tarefa não exigia que ele fosse além.
No entanto, Barnabé e Paulo continuaram a jornada. Venceram uma caminhada de 160 km até Antioquia da Pisídia, uma cidade-chave na grande rota comercial do Oriente, que ia de Éfeso até ao Eufrates. Uma importante comunidade cosmopolita com uma expressiva população judaica, Antioquia abriu-se facilmente à mensagem do evangelho e aí nasceu uma igreja. Mas forças opostas atuaram rapidamente e Paulo e Barnabé tiveram de ir embora.
A parada seguinte foi Icônio, cerca de 130 km para o sudeste. F. F. Bruce em um de seus livros denomina a experiência de Paulo e Barnabé em Icônio “quase uma reprodução exata da experiência de Antioquia de Pisídia”. Houve um tumulto, e os dois missionários por pouco não foram apedrejados. Fugiram apressadamente, dirigindo-se para uma pequena cidade na província de Licaônia, cerca de 10 km de Icônio, chamada Listra, onde vivia o adolescente Timóteo.
É provável que Listra não estivesse nos planos estratégicos de Paulo. Não era uma cidade grande, nem exercia influência na região. Além disso, a população era pequena e a maioria dos seus habitantes falava um dialeto regional, não o grego. Listra estava longe das estradas principais, o que a tornava uma cidade provinciana, um lugarejo sem importância alguma.
Desapontado pela desistência do seu discípulo João Marcos, afligido pela malária ou outra doença, expulso de Antioquia da Pisidia, e quase que apedrejado em Icônio, Paulo atravessou o portão da solitária cidade montanhosa de Listra.
Deus espera que façamos planos, como Paulo e Barnabé fizeram. Não é errado ter uma estratégia, um plano de ação. Mas a evidência de um cristão amadurecido está na atitude que ele toma quando o seu plano desmorona.
Diante dos acontecimentos, ninguém censuraria a Paulo e a Barnabé se tivessem dito: “Isso é o bastante para uma viagem missionária. Descansemos aqui durante alguns dias e voltemos depois para a nossa cidade.” Mas Paulo e Barnabé sabiam que Deus desejava que eles fizessem algo mais; ele tinha um propósito na permanência deles naquele longínquo lugar, cidade esquecida do interior denominada Listra.
Foi assim que Paulo chegou a Listra. A entrada de Timóteo neste cenário é outra história.
A família de Timóteo    
A mãe de Timóteo chamava-se Eunice e a sua avó Lóide. Não se sabe o nome do pai; sabe-se apenas que era grego.
Pode bem ser que os ancestrais judeus de Eunice já estivessem vivendo naquele lugar por mais de 250 anos. Foi naquela época aproximadamente que Antíoco encorajou milhares de judeus a emigrarem de Babilônia para a Ásia Menor. Estes receberam o status de cidadãos altamente favorecidos e logo se tornaram líderes no comércio e nas finanças de toda a região. Esta é a razão por que Paulo e Barnabé acharam tanto judeus na maioria das cidades interioranas da área.
Mais ou menos no ano 6 a.C. o imperador romano Augusto, perturbado com a índole indisciplinada dos nativos da Licaônia, declarou a cidade fronteiriça de Listra colônia romana e trouxe tropas romanas e mercadores gregos para tentarem civilizar a região. Possivelmente o pai de Timóteo, que era grego tivesse vindo nessa época.
Como resultado, a população de Listra era diversificada, incluindo oficiais e soldados romanos, embora o interesse de Roma pela cidade fosse decrescendo. Os gregos ou helênicos ali residentes eram as pessoas mais notáveis e importantes. A população judaica era pequena. Apenas 10 famílias judias faziam-se necessárias para se estabelecer uma sinagoga; entretanto, ao contrário da cidade vizinha de Icônio, não havia sinagoga em Listra.
O grosso da população, porém, constituía-se do elemento nativo licaônico: emotivo, competitivo e supersticioso. A maioria dos habitantes falava grego em público, mas nos seus próprios lares usavam o dialeto nativo.
Timóteo veio de um lar dividido tanto na religião quanto na nacionalidade. Não surpreende o fato de sua mãe ter se casado com um grego. Quanto mais longe de Jerusalém, menos rígidos eram os judeus em seguir a proibição dos casamentos mistos.
Na cultura grega da época, não parecia haver muita moralidade. Aqueles que estavam apavorados diante da tendência cultural da época admiravam os padrões dos judeus. Como resultado, alguns gregos tornaram-se prosélitos da religião judaica e um número ainda maior, que não queria ir tão longe, tornou-se admirador secreto do Judaísmo.
Não se sabe a posição do pai de Timóteo. Certamente ele não impediu que a esposa instruísse o filho nas escrituras (2 Timóteo 3:14-15). Tampouco interferiu na escolha do nome Timóteo para o filho, nome que significa “honrar a Deus” ou “amado por Deus”. O nome é grego, e isto deve ter satisfeito o pai; o significado do nome deve ter alegrado a mãe.
O pai, porém, não permitiu que Timóteo fosse circuncidado (Atos 16:1-3), portanto é óbvio não ser prosélito ou mesmo admirador secreto da religião da esposa. Talvez, como muitos do mundo grego da época, não quisesse nem saber de religião. William Barclay diz: “no caso dos gregos, não foram os homens que se tornaram tão depravados a ponto de abandonarem os seus deuses, mas os deuses é que se tornaram tão depravados que os homens o abandonaram”.
O pai de Timóteo não devia estar entre a multidão que acolheu Paulo e Barnabé em Listra como se estes fossem deuses vindo do Monte Olimpo. Ele teria, provavelmente, preferido receber os instruídos judeus em sua casa, da mesma maneira que os atenienses acolheram Paulo na Colina de Marte. E, no final da noite, ele despediria Paulo e Barnabé com as seguintes palavras: “qualquer dia falaremos novamente sobre esse assunto.”
(Já que as Escrituras não registram outras informações sobre o pai de Timóteo, é também possível que ele tivesse falecido um pouco antes, deixando o garoto adolescente, sua mãe e avó defendendo-se sozinhos na cidade pagã de Listra.)
Treinamento de Timóteo
A educação de Timóteo foi notável. Paulo elogiou a educação que Timóteo recebeu (2 Timóteo 1:5; 3:14-15); mas para ser franco, comparada com o preparo de alto gabarito desfrutado por Paulo, a educação de Timóteo era de segunda classe. Paulo era filho de pais hebreus e não há dúvida de que foi aluno de uma conceituada sinagoga na universidade de Tarso, antes de ir até Jerusalém já adolescente para sentar-se aos pés de Gamaliel, o melhor professor judeu da época.
Timóteo, por sua vez, veio de um lar dividido, morava numa comunidade campestre sem sinagoga, e talvez nunca se tivesse distanciado de casa mais do que uns 50 km, mesmo assim, Paulo elogiou a educação que Timóteo recebeu.
Por quê? Porque os judeus reconheciam que o verdadeiro centro de educação não era a sinagoga, mas sim o lar. “Nenhuma outra religião”, escreveu Isidore Epstein, “dá maior ênfase à obrigação que os pais têm de instruir os filhos do que o judaísmo”.
É certo que as sinagogas ajudavam os pais na sua tarefa de bem educar. Entretanto, houvesse ou não uma sinagoga na cidade, eram os pais os responsáveis pela educação e instrução dos filhos.
Além disso, a responsabilidade era tanto da esposa quanto do marido. No Antigo Testamento encontramos freqüentes alusões aos pais e às mães. No começo do Livro de Provérbios, por exemplo, Salomão escreveu: “Filho meu, ouve o ensino do teu pai, e não deixes a instrução de tua mãe” (1:8). E o último capítulo do livro (capítulo 31) é composto de conselhos práticos de uma mãe para o seu filho, o Rei Lemuel.
No começo do Evangelho de Lucas, Maria mãe de Jesus, profere palavras de louvor (Lucas 1:28, 36-56). E quase todo o trecho refere-se a passagens do Antigo Testamento. Torna-se claro que ela não apenas conhecia as Escrituras muito bem, como estava preparada para transmití-la aos filhos.
Isso não acontecia na comunidade grega onde, diz Barclay: “a mãe ateniense estava despreparada para ser de alguma valia aos filhos no que se referisse à educação”. Ela própria não tinha instrução. Talvez fosse este o motivo pelo qual Paulo teve de limitar o papel das mulheres nas igrejas gregas.
Os judeus eram conhecidos como o “povo do Livro”, as Escrituras. Nem todos possuíam um exemplar das Escrituras Sagradas em casa, mas todos tinham a Palavra de Deus no coração.
O centro da educação judaica era a Palavra de Deus; o único livro de texto era as Escrituras. A partir dos três ou quatro anos de idade, as crianças judias eram educadas no Antigo Testamento, e naquela época educação significava memorização. As crianças decoravam, repetindo em voz alta o que lhes dizia o professor, até que conseguissem repetir passagens inteiras.
Quando as crianças aprendiam a ler (e o índice de alfabetização entre as crianças hebraicas era extremamente elevado), usavam as Escrituras como livro de texto.
O estudo não era o processo silencioso das escolas atuais. Um velho provérbio judeu admoestava os estudantes: “Estude não somente com os olhos, mas também com os olhos e a boca.” Quando os jovens judeus estudavam, tinham de repetir em voz alta os trechos da escrituras que estivessem lendo.
Em Listra, Timóteo talvez jamais tenha visto um rolo das Escrituras, mas a sua mãe Eunice era um “rolo” que andava e falava, um rolo vivo das Escrituras. Anos mais tarde, quando Paulo escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, ele lembrou-lhe que deveria apegar-se às Escrituras, pois o jovem sabia muito bem de quem as tinha aprendido (2 Timoteo 3:14). Esta é a dimensão adicional da educação dada pelos pais. Eunice não somente ministrou as Escrituras ao filho, como viveu perante ele as verdades ali ensinadas. Anos mais tarde, Paulo admoestou Timóteo a lembrar-se não somente daquilo que aprendera, mas também do exemplo reverente de quem o ensinara.
Nos dias atuais o papel do pai recebe ênfase nos círculos evangélicos, aliás muito corretamente; mas, como Eunice, muitas mães precisam assumir a responsabilidade do treinamento espiritual dos filhos. Talvez o pai não seja cristão ou a mãe tenha de educar os filhos sozinha.
Em um ambiente adverso, é possível educar uma criança no temor do Senhor?
Bem, Eunice conseguiu. A confraternização com o povo de Deus era insuficiente; rodeava-os a comunidade pagã. A indiferença espiritual do pai deve ter colocado um pesado fardo sobre os ombros de Eunice, mas Deus a sustentou.
Quando o livro dos Atos menciona o nome de Timóteo pela primeira vez (capítulo 16) ele devia estar nos seus últimos anos de adolescência. Provavelmente não houve “bar mitzvah”* para Timóteo em Listra, quando nos seus treze ou quatorze anos tornou-se homem. Eunice deve ter-se preocupado com isso. Talvez ela achasse haver protegido demasiadamente o filho contras as influências pagãs de Listra. Pais que educam os filhos sozinhos têm frequentemente esses receios. Sem um pai judeu, talvez ele se tivesse tornado um “filhinho da mamãe”. É possível que Eunice tenha sentido a necessidade do exemplo de uma forte figura masculina na vida do filho. Talvez a de um rabino que lhe mostrasse que viver para Jeová não era ser “maricas”, ou “efeminado”.
Paulo e Barnabé
Então os dois visitantes entraram pelos portões da cidade. Justamente do lado de fora dos portões estava o templo de Júpiter, o orgulho de Listra, a sua reivindicação à fama, no que se referia a população nativa da cidade. Todos os que se aproximavam de Listra não podiam deixar de vê-lo.
De conformidade com uma velha lenda, os deuses Júpiter e Mercúrio visitaram certa vez aquela região e ninguém os reconheceu. Não lhe deram nem um lugar para hospedagens. Ninguém, isto é, exceto dois camponeses, Filemon e sua esposa Baucis. O idoso casal recebeu-os com grande bondade
Segundo a lenda, o resultado foi que toda a população com exceção de Filemon e Baucis, foi exterminada, e Filemon e Baucis foram feitos guardiões de um suntuoso templo. Quando esse idoso casal morreu, foram transformados em duas grandes árvores.
Naturalmente, o povo supersticioso daquela cidade não queria que tal coisa acontecesse novamente. O templo dedicado a Júpiter do lado de fora dos portões demonstrava que os deuses eram bem-vindos a Listra. Certamente havia duas árvores plantadas ali, simbolizando Filemon e Baucis.
Os gregos que lá moravam, como o pai de Timóteo, provavelmente não davam valor a esta antiga lenda. Mas a população nativa não se arriscava a ignorá-la.
Foi então que os dois visitantes chegaram à cidade.
É claro que Paulo e Barnabé nem por sombra pensaram em Júpiter ou Mercúrio quando se aproximaram de Listra. Fugiam de Icônio onde tinham sido quase apedrejados. Listra era uma colônia romana e, para Paulo e Barnabé, isso significava lei e ordem.
Além disso, era outra cidade onde poderiam comunicar as boas-novas de que Deus tinha visitado este planeta e trazido a salvação por intermédio de Jesus Cristo.

*É nesta idade que os meninos judeus tornam-se homens com a cerimônia do bar mitzvah.